Dia das Mães
E quando chegar o momento de sermos, mães da nossa mãe …
Mães da nossa mãe?
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A figura da mãe é tão impactante, é tão forte e autoritária, autoritária no sentido de sabedoria, ou no sentido de ordem e organização mesmo.
Essa pessoa que sempre soube resolver todo e qualquer problema, ainda que as dificuldades chegassem, ela tinha uma sagacidade absurda, tornando todas as barreiras solucionáveis.
Estávamos nos filhos na plateia da vida, criando em nossa mente e trazendo como verdade absoluta que essa mulher é uma espécie de super-heroína.
Um porto seguro, alguém que sempre nos protegerá mesmo nas mais duras correções, por muitas vezes, nos dizendo vários “nãos”.
Entendemos que até nas mais rígidas correções, foram na melhor intenção de nos proteger, mais do que a si mesma, ela precisou ser firme e dura, durante muitos episódios da nossa caminhada.
Toda essa imagem é indestrutível do filho para sua mãe.
Quando certo momento desta nossa trajetória de protegida e protetora, ela, nossa rainha, já não fala mais com tanta firmeza, seus passos ficam mais lentos, suas visitas ao médico, tornam-se mais frequentes.
Ao mesmo tempo em que reproduzimos atitudes que achávamos exageradas conosco, agora praticamos com nossos filhos.
Ao repetirmos os comportamentos, que outrora abominamos, somente confirmamos o que inconscientemente como crianças já sabíamos que aquela autoridade, significava excesso de zelo, para nos proteger de todos os males do mundo.
Como desconstruir em nossas mentes que aquela forte mulher, agora precisa de cuidados físicos, atenção para ouvi-la, pois seu tom de voz diminuiu, sua tal autoridade disfarçada de excesso de zelo, já apresenta-se totalmente frágil e sensível, chorona e extremamente emotiva.
Essa virada de percepção em nossas mentes demora a ocorrer, pois mesmo com sua fisionomia cansada, suas rugas indicando sua avançada idade, sua docilidade desprovida de qualquer orgulho.
Nossa mente está cauterizada naquela figura guerreira, forte e sabedora de todos os assuntos.
Traz um desconforto doido, mas precisaremos com urgência nos adequar, está na hora de praticarmos e devolvermos todo o amor, paciência, zelo, amizade, proteção que recebemos durante toda nossa vida.
Pois caso assim não tivesse ocorrido, não estaríamos vivos para vê-la frágil e dependente dos filhos.
Apressem-se em adaptar-se a nova realidade, da pessoa cuidada, para a pessoa cuidadora.
Ame-a como um sacerdócio, pois esse amor te fortalecerá a lembrar com uma doce saudade, quando ela não estiver mais entre nos.
“Honra teu pai e tua mãe, a fim de que tenhas vida longa na terra que o Senhor, o teu Deus, te dá”
Êxodo 20:12
Mães que exercem trabalhos remunerados
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Nossos parabéns e solidariedade as …
Mães que exercem trabalhos remunerados (porque trabalhar, todas trabalham).
Como aqueles equilibristas circenses de pratos, são as mães que trabalham.
Competentes em suas funções, aptidões, encaram a decisão de buscar melhores condições financeiras, assim como, aplicar seus conhecimentos, desenvolver seus talentos no mercado de trabalho, sem abrir mão de serem mães.
Essa dupla, para algumas até tripla jornada, pode causar stress, e muita culpa.
Vê-se dividida, quando há compromissos inadiáveis no seu ambiente profissional, em que coincidem com alguma necessidade do filho.
Ou seja, o que menos essa mulher precisa é de julgamentos, intolerância, comparações, ou qualquer sentimento, que somente quem vive tem condições de opinar, visto que, impossível dizer qual o tamanho das dificuldades, benefícios e malefícios, sem vivenciar o dia a dia, desta “equilibrista”.
Quanto à culpa, mamães guerreiras, tal sentimento fará parte da sua vida materna, onde somente, quando permitir-se enxergar, as virtudes de mesmo ausente, sua presença é forte, pois consegue equilibrar com sabedoria, amor, inteligência emocional, as suas necessidades do trabalho que pratica, com as necessidades do seu pequerrucho.
Seja feliz, recue quando seu instinto materno lhe indicar, avance quando sua racionalidade dizer, sem culpas, sem vitimização.
Pois as decisões tomadas por você, sempre será na intenção da maior felicidade do mundo para seu filho, diante desta certeza, descanse e desfrute de todas as faces tanto da sua vida profissional, quanto da sua vida de mamãe.
Cuida dos negócios de sua casa e não dá lugar à preguiça.
Provérbios 31:27